"Simplesmente não dá!" Tem horas que dá vontade de jogar a toalha, pois é difícil ficar remando o tempo todo contra a maré. E o pior ficar fazendo isso todos os dias, semana após semana, mês após mês... Parece redundância, mas não é. Sempre é o mesmo do mesmo, não há novidade, não há algo que motive - tem momentos que acontece isso mesmo. Dá vontade de jogar tudo para o alto e saí por aí, sem destino. E o que se faz, então? Continuo tentando por teimosia.
Não é falta de esperança, porque se o fosse já havia desistido. Pelo contrário, é ela que ainda me impulsiona, que me faz levantar e seguir. No entanto, a vontade de desistir diante de cada insucesso torna-se cada vez maior e a luta para continuar aumenta na mesma proporção. Isso cansa, principalmente, quando não se tem trégua nem para respirar.
Outra coisa que desestimula é falta de reconhecimento pelo esforço. Parece que você não está fazendo nada, ou melhor, não se percebe o que você faz, o que é o pior de tudo. Se pelo menos, em meio a tanto esforço, ouvíssemos uma palavra de incentivo, iríamos nos reabastecendo de energia. Porém, não esse fato que ocorre, dá-se justamente o contrário, sugam até a última gota de suas forças e ainda exigem mais. Tudo tem um limite e há momentos que ele está próximo.
Se as pessoas tivessem discernimento para entender que dar é tão ou até mais importante que receber, o fardo diário diminuiria de peso. Não, infelizmente, não enxergam, quer dizer, não querem enxergar as coisas como elas são. Para que tirar essa venda dos olhos? É óbvio, admitindo a verdade do que veem, teriam que mudar de postura. Só que tal situação exige esforço e se esforçar poucos ou quase ninguém quer fazer. A situação é cômoda, confortável: se tem que faça por mim, por que então iria fazer.
Essa lógica é perversa. Ela se respalda no egoísmo em que muitos estão mergulhados. A falta de desejo de enxergar o outro é a principal questão dos males que nos afligem. Tal condição não dá mostra que irá mudar, na verdade a tendência é o contrário ocorrer. Cada um se fecha no seu mundo, achando que vai conseguir tornar-se uma pessoa feliz. Só que isso não ocorre; tonando-se todos, dessa forma, reféns de nossas próprias fraquezas.
Hoje tenho uma sentença, que não é nada positiva. Se amanhã minhas perspectivas se tornarão positivas, não sei. É bem melhor nem pensar muito,uma vez que a lógica do que se vê não são nada animadoras.
Essa luta cansa e agora estou extenuado. Esse texto é o retrato da fadiga, da falta de ânimo para continuar em frente. Só espero, honestamente, ter oportunidade de produzir algo bem diferente, porém é preciso inspiração, que anda meio escassa. Quem souber da existência de algo que nos sirva para revertemos essa trajetória, pratique o altruísmo, por piedade, nos informe.
Marcelo Macêdo
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