sábado, 19 de abril de 2014

Que bom seria que todos os filhos fossem especiais!

O simples fato de ter um filho já é algo especial, porém maior é a felicidade quando temos o nosso filho como "especial". Tê-lo nos braços, segurar-lhe a mão nos primeiros passos cambaleantes, estar por perto para ouvir suas primeiras palavras, mesmo que não seja "papai", é algo que por lhe trazer momentos únicos, por si só já os tornam especiais. Por que, então, o medo de ter um filho especial? Isso deveria ser motivo de júbilo e não de prostramento.
Se o pai de Bernardo o tivesse como especial, será que o garoto não estaria vivo agora? Imagino que sim. Porém a culpa não foi do menino e sim do pai que não foi capaz de enxergá-lo de um jeito especial.  
Então, em que consiste o problema de ser pai de um filho especial? Não consigo entender! Contudo suponho que o problema está nos outros que não tiveram a sorte de ser especiais para seus pais ou  não obtiveram a dádiva de ter um filho especial.
Especial, por outro lado, não deve ser um rótulo, uma forma de identificar o diferente; afinal, diferente todos nós somos. Especial é um estado, é uma atribuição que deve partir do sentimento que temos por nossos filhos. Especial não pode motivar compaixão nos outros. O que é especial é motivo de alegria, pois é um sentimento único, nobre, não razão para lamentações.
Perceba que quando temos um filho por especial, somos capazes de percebê-lo entre muitos outros. Se fosse o contrário, teríamos dificuldade de encontrá-lo entre as demais crianças, pessoas, porque não veríamos nele algo que o tornasse distinto entre os demais.
Muitas vezes, infelizmente, vemos nos olhos dos outros um olhar especial para nossos filhos. Mas não é aquele olhar de satisfação e sim de compaixão! Compaixão de quê? De quem? Esse olhar de lamentação deveriam ter essas pessoas ao se verem no espelho, já que seriam elas merecedoras de "piedade" por não serem capazes de ver algo especial em seus filhos.
Em alguns infelizes, a falta da capacidade de compreender o que torna um filho especial para alguém, toma a forma de preconceito, o que é... compreensível uma vez que estes jamais serão capazes de enxergar além do que veem. Aí o preconceito se torna uma venda, embrutecendo-os, tornando-os uns desafortunados. E eles, sim, merecendo toda a nossa compaixão. 
Ter a oportunidade de ver um filho de forma especial é algo que nem todos terão. Daí eles nunca descobrirão a felicidade que se sente em cada pequena conquista, nas mais simples das ações, nos mínimos passos que se dá para seguir em frente vivendo em meio a uma sociedade que, lamentavelmente, não se tem mostrado em nada especial.
Por fim, só posso agradecer a Deus por me fazer pai de dois filhos especiais, independentemente, daquilo que os outros não enxerguem de especial neles. 
Sinceramente, muito obrigado!

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