Às vezes, sinto que a vida é uma eterna busca por respostas, sendo essa a sua essência. Passamos a vida inteira procurando entender a razão de tudo que nos acontece. O desafio de encontramos essas respostas é que nos serve de estímulo para continuarmos vivendo. E, na maioria dos casos, quando parece que achamos o que estávamos buscando, surgem novos questionamentos, o que nos faz voltar ao ponto de onde partimos.
As incertezas, as dúvidas que nos assolam, talvez partam do sentimento de insaciabilidade que nos é comum. Nunca nos damos por satisfeito com aquilo que temos, sempre estamos inquietos achando que nos falta algo. Normalmente, somos, nessas situações, incapazes de enxergar o que temos nem tão pouco de lhes dar o valor que deveríamos.
Por que, então, as coisas têm que ser assim? Não seria mais simples que nos sentíssemos satisfeitos com aquilo que possuímos, sem ter a necessidade de ir em busca de algo mais? Nós não somos, como se vê nesse caso, racionais, muito pelo contrário!
É certo que em muitos momentos somos instigados de forma involuntária pela forma como a vida nos apresenta os desafios que temos que enfrentar. Nesse sentido, o que mais parece estar sujeito a essa indução são os nossos sentimentos.
Dizem que há lugares onde ninguém "pisa" ou, então, que existem razões que a própria razão desconhece. Essa, quem sabe, seja uma das verdades que estamos em busca. Dessa forma, provavelmente, todos nós estamos à mercê dessas situações, não havendo como fugir das aparentes armadilhas que a vida nos proporciona.
Não há, ao certo, ninguém livre de cair nessas ciladas que, muitas vezes podem nos induzir a ferir alguém por quem temos afeto. Isso nos faz sentir culpados, como se houvesse a quem culpar por algo que nos foge ao controle.
Buscando entender o que nos acontece, nós nos deparamos com situações inusitadas. o que fazer?! Eis mais uma pergunta para a qual nem sempre sabemos a resposta!
Em muitos casos, o questionamento que nos atormenta nos faz perceber de alguma forma que ele surgiu em um momento, que foge à nossa tenra compreensão sobre a fronteira do tempo.
Um pensamento, um sonho que nos acompanha por muito tempo, faz-nos sentir a necessidade de termos que encontrar uma resposta para o mesmo. É algo que não tem explicação, mas nos dá a certeza de que existe uma resposta para ele. Parece estranho tal situação, só que ela é muito mais comum do que possamos imaginar.
Nessa incessante busca de algo que nos esclareça o que sentimos, é com dúvidas com o que nos deparamos. Como pode "absurda" e "surreal" situação ter nexo com a realidade? Impossível, não.
Geralmente, os sonhos não nos dão nomes nem se apresentam de forma que nos faça entendê-los facilmente. Por não compreendê-los, não conseguimos ouvir o que eles nos dizem. Aos poucos - acontece com algumas pessoas - os sonhos vão se esclarecendo por eles próprios, imagens ficam mais nítidas, nomes começam a surgir, e aí... a surpresa que a vida nos traz. Nem sempre estamos preparados para ela.
É quando mergulhamos em dúvidas que se transformam, em certos casos, em angústia. A nitidez que nos faltava enfim começa a surgir, trazendo com ela inúmeros questionamentos. O maior deles é sobre o que fazer!
Como compreender essas situações, quando nos deparamos com o que mais procuramos, sendo o mais sensato, nessas horas, sentirmos alívio. Só que descobrimos que tudo na vida é ambivalente. Para a felicidade surge a angústia; para a satisfação, o tormento; para as certezas, as dúvidas; para o mais nobre dos sentimentos a dor... Para tudo na vida há o reverso da medalha.
Em relação ao mais profundo dos sentimentos, mesmo que ele pareça estar tão próximo, na verdade, ele nunca se encontrou tão distante. O desejo de tê-lo nos braços encontra o maior dos obstáculos: a realidade. Como termos o que desejamos, se não podemos alcançá-los? Como provar que somos dignos dele? Abrindo mão daquilo que queremos, talvez!
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