Entre os historiadores há uma dúvida sobre a data que marcou o fim da Segunda Guerra: em maio com a rendição dos alemães ou em agosto com capitulação dos japoneses, após o lançamento das duas bombas atômicas. Seja qual for a data, este ano deve servir mais uma vez para uma análise sobre os erros cometidos que permitiram que ela acontecesse.
Há quem diga que muita coisa pudesse ter sido diferente e milhares, senão milhões, de vidas poderiam ter sido preservadas, caso tivessem sido considerados os sinais de perigo apresentados através dos dois volumes que compuseram a obra "Mein Kampf", MINHA LUTA em português, escrita (ou ditada) por Adolf Hitler. Muitas das suas intenções estavam ali descritas só que as outras nações ignoraram os prenúncios do que iria acontecer, se o ditador nazista chegasse ao poder.
Faço essa reflexão com o intuito de apontar a omissão como um crime cometido, mas ignorado pelas pessoas. Seja ela em relação aos fundamentos nazistas tratados em Mein Kampf ou sobre qualquer outra evidência de perigo iminente para a sociedade. E em alguns casos essa "omissão" deveria ser considerada dolosa e não culposa. Afirmo mais, que essa falta de uma ação preventiva não deve ser considerada apenas naquilo que se liga diretamente a crimes contra a vida, mas também em inúmeras outras situações resultantes de nossa letargia.
Nesse contexto, esse crime de omissão não deve ser entendido apenas no que se refere às autoridades e sim em relação à própria sociedade como um todo. Nossa passividade também levam a crimes cometidos.
Porém, para que fatos históricos, como as duas grandes guerras, sirvam de aprendizado para esta e para as futuras gerações, cabe a nós apresentarmos de forma objetiva o que esses fatos históricos representaram para a humanidade. Questiono, nesse sentido, o papel das diversas instituições existentes - o estado, os partidos políticos, a escola, a mídia e demais instituições sociais - como fomentadores do trabalho de conscientização política a ser feito junto aos jovens, principalmente.
Sem essa conscientização não conseguiremos contribuir para o combate contra os radicalismo e a ignorância política marcas da sociedade contemporânea.
Marcelo Macêdo
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